segunda-feira, 7 de abril de 2014

Seminário sobre a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) em contexto escolar : ferramentas e desafios

Hiperativo ou simplesmente irrequieto? A esta e outras questões, com que frequentemente nos debatemos, respondeu o Doutor Fernando Tapadinhas, médico pediatra e neuropediatra no Hospital de Faro e no Hospital Particular do Algarve, no seminário que teve lugar no auditório da escola secundária Manuel Teixeira Gomes, dia 3 de abril, organizado pela professora Cidália Brás, com o objetivo de partilhar esta preocupação com outros professores e encarregados de educação e juntos aprender a lidar com a situação.


Num registo informal, o Doutor Fernando Tapadinhas, antigo aluno deste estabelecimento de ensino, começou por referir a dificuldade do diagnóstico desta perturbação, em especial na infância, cujas características são comuns a diferentes perturbações do desenvolvimento e que afeta 5 a 9% das crianças em idades escolar (dos 6 aos 12 anos) e de 12 a 15%, se alargarmos a faixa etária até aos 18 anos.




As crianças com PHDA apresentam comportamentos disruptivos de desatenção, agitação motora e impulsividade que condicionam significativamente o seu desempenho escolar e ajustamento psicossocial e que constituem uma "dor de cabeça" para os que com elas convivem -  família, professores -  mas também, e sobretudo, para as crianças que sentem como a aceitação e integração se tornam difíceis.

Foram referidas as principais causas deste distúrbio e o tratamento para o controlar, que passa pela administração de fármacos e acompanhamento especializado permanente, que pode ainda contar com apoio psicológico. 


O seminário terminou com a referência ao trabalho desenvolvido com estes jovens, noutros países, ao nível das escolas, tendo sido frisada a necessidade de uma mudança mais profunda do sistema educativo Português, na abordagem do aluno com PHDA e dificuldades de aprendizagem, nos diferentes níveis de ensino.





Fotos: Maria José Duarte & Cidália Brás

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